Jaffna

(Yāpanaya, Jafanapatão, Jaffapatinam)

Fortificação e povoação de Jaffna, 1634-1635, vista associada a Pedro Barreto de Resende, pormenor (António Bocarro e Pedro Barreto de Resende, Livro das plantas de todas as fortalezas, cidades e povoaçoens do Estado da Índia Oriental, 1634-1635, Cod. CXV 2-1, Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Évora, Évora, disponível em: link). 

Jaffna: a fatalidade histórica do empório dos elefantes

Relativamente breve e notavelmente violenta, a história da presença imposta pelos portuguesa em Jaffna e seu reino, entre 1619 e 1658, está ainda em boa medida por contar, sobretudo no que toca ao seu impacte sobre o território. Durante esse período, foram construídos vários dispositivos defensivos em Jaffna e seu entorno, e um número significativo de igrejas e capelas nas aldeias do seu hinterland, para além de outras estruturas. Este investimento por parte dos portugueses visava controlar um território fértil, e servido por redes marítimas que ligavam o norte do Sri Lanka ao sul da Índia, duas regiões unidas pela religião Hindu e pela língua Tamil. Destacava-se neste comércio a exportação de elefantes capturados no interior da Ilha. Durante escavações arqueológicas recentes em Jaffna, foram encontrados artefactos que indiciam um porto ativo já no início do primeiro milénio D.C., senão antes, destacando-se ainda cerâmica Islâmica e Chinesa do período medieval. Jaffna poderá ter sido o porto principal da cidade de Nallur, capital medieval do reino até a sua decadência em finais do século XVI. 

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